FRADIGUENSES, FORA DE FRÁDIGAS
Como outras terras no País; Frádigas também não conseguio dar subsescistência a todos os seus filhos, tendo alguns deles óptado pela Emigração ainda no final do séc.XIX até 1928 para o Brasil até 1940 para a Argentina a partir daí para Lisboa
Inicialmente deslocaram-se homens já casados que deixaram suas mulheres e filhos em Frádigas, na sua grande maioria estes homens fizeram pequenas campanhas na Capital os que ficaram acabaram por mais tarde fazer deslocar também para a Capital suas mulheres e filhos.
A partir da década de 1950 outro tipo de deslocação se dá para a Capital esta a mais importante e também a mais agressiva, não só pelo número que abrangeu; mas também pela fragilidade destes deslocados que abandonando a aldeia que os viu nascer e o calor da família a grande maioria ao terminar a 4ª classe começaram em Lisboa uma vida totalmente inimaginável para eles, alguns apoiados por irmãos mais velhos que lhe davam como incentivo a melhoria de vida que puderiam proporcionar aos seus pais e irmãos lá em Frádigas.
Estes miúdos que não tiveram tempo de o ser ou como diz Soeiro Pereira Gomes na dedicatória de "Os Esteiros", "Filhos dos homens que nunca foram meninos", mas trabalharam com garra lutaram com determinação e a grande maioria conseguiu vencer a indiferença, a desigualdade, a saudade e com a dignidade que traziam nas suas entranhas conseguiram uma vida melhor quer para eles quer para os seus.
As Frádigas pode ter orgulho nestes seus filhos que a abandonaram com uma taleiga (malita) ao ombro a caminho da capital, mas estas crianças que não tiveram a oportunidade de estudar já deram a Frádigas:
Doutores, Autores, Engenheiros, Enfermeiros, Contabilistas, Compositores, Desenhadores, Advogados, Arquitectos, Músicos etc, etc...
Estamos de parabéns nós os filhos dos homens que nunca fomos meninos
Parabéns Candido, eu também faço parte desses pequenos-grandes-Homens, deixei a minha aldeia com apenas 12 anos. Continue escrevendo, admiro-o pela garra, gosto pelas origens e simplicidade. Um abraço
ResponderEliminarManuel Carvalho
Muito interessante seu esoaço,
ResponderEliminarsem história não existe vida vivida,
Efigenia
História de tantos!!! revejo aqui meus progenitores
ResponderEliminarMiguel Barriosa
Tantos foram esses que partiram destas aldeias de Portugal à procura dum novo mundo
ResponderEliminarLindo e real!!!