quinta-feira, 24 de março de 2011

FILHOS DOS HOMENS; "QUE NUNCA FORAM MENINOS"


FRADIGUENSES, FORA DE FRÁDIGAS

Como outras terras no País; Frádigas também não conseguio dar subsescistência a todos os seus filhos, tendo alguns deles óptado pela Emigração ainda no final do séc.XIX até 1928 para o Brasil até 1940 para a Argentina a partir daí para Lisboa
Inicialmente  deslocaram-se homens já casados que deixaram suas mulheres e filhos em Frádigas, na sua grande maioria estes homens fizeram pequenas campanhas na Capital os que ficaram acabaram por mais tarde fazer deslocar também para a Capital suas mulheres e filhos.

A partir da década de 1950 outro tipo de deslocação se dá para a Capital esta a mais importante e também a mais agressiva, não só pelo número que abrangeu; mas também pela fragilidade destes deslocados que abandonando a aldeia que os viu nascer e o calor da família a grande maioria ao terminar a 4ª classe começaram em Lisboa uma vida totalmente  inimaginável para eles, alguns apoiados por irmãos mais velhos que lhe davam como incentivo a melhoria de vida que puderiam proporcionar aos seus pais e irmãos lá em Frádigas.

Estes miúdos que não tiveram tempo de o ser ou como diz Soeiro Pereira Gomes na dedicatória de "Os Esteiros", "Filhos dos homens que nunca foram meninos", mas trabalharam com garra lutaram com determinação e a grande maioria conseguiu vencer a indiferença, a desigualdade, a saudade e com a dignidade que traziam nas suas entranhas conseguiram uma vida melhor quer para eles quer para os seus.
As Frádigas pode ter orgulho nestes seus filhos que a abandonaram com uma taleiga (malita) ao ombro a caminho da capital, mas estas crianças que não tiveram a oportunidade de estudar já deram a Frádigas:
Doutores, Autores, Engenheiros, Enfermeiros, Contabilistas, Compositores, Desenhadores, Advogados, Arquitectos, Músicos etc, etc...

Estamos de parabéns nós os filhos dos homens que nunca fomos meninos

4 comentários:

  1. Parabéns Candido, eu também faço parte desses pequenos-grandes-Homens, deixei a minha aldeia com apenas 12 anos. Continue escrevendo, admiro-o pela garra, gosto pelas origens e simplicidade. Um abraço
    Manuel Carvalho

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  2. Muito interessante seu esoaço,
    sem história não existe vida vivida,
    Efigenia

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  3. História de tantos!!! revejo aqui meus progenitores

    Miguel Barriosa

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  4. Manuel Vaz Monteiroabril 04, 2011

    Tantos foram esses que partiram destas aldeias de Portugal à procura dum novo mundo
    Lindo e real!!!

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Pela sua ópinião Bem haja